Para muitas pessoas, especialmente as minorias étnicas e os povos indígenas, o patrimônio imaterial é uma fonte de identidade e carrega a sua própria história. A filosofia, os valores e formas de pensar refletidos nas línguas, tradições orais e diversas manifestações culturais constituem o fundamento da vida comunitária. Num mundo de crescentes interações globais, a revitalização de culturas tradicionais e populares assegura a sobrevivência da diversidade de culturas dentro de cada comunidade, contribuindo para o alcance de um mundo plural.
O Patrimônio Cultural Imaterial ou Intangível compreende as expressões de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do mundo recebem de seus ancestrais e passam seus conhecimentos a seus descendentes.
O Património Cultural Imaterial (PCI) é um conceito relativamente novo no quotidiano do cabo-verdiano. À luz das Convenção da UNESCO para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, PCI agrega o conjunto de “práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com instrumentos, objetos, artefactos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu património cultural”.(in IPC-Praia),
Embora Cabo Verde não tenha muitos bens inscritos na lista de património imaterial da humanidade, a MORNA é a primeira “Alma Cabo-verdiana “classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO (14 de dez. 2019).